CECÍLIA MEIRELES, EM DEZ MOMENTOS.

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Cecília Meireles, em dez momentos
Confira 10 fatos que marcaram a vida da escritora carioca

Ela teve uma vida antenada com o seu tempo e o seu País. Cecília Meireles usou a crônica de jornal para fazer os adultos refletirem sobre a Educação das suas crianças - e a poesia, para fazer o público infantil pensar sobre o mundo de cada dia. Também defendeu com unhas e dentes as liberdades da mulher, isso, em uma época onde o papel feminino se resumia à lide doméstica. Conheça outros destaques da trajetória dessa brasileira invulgar.

1. Nasceu em 7 de novembro de 1901

    Carioca, de nome completo Cecília Benevides de Carvalho Meireles, perdeu os pais ainda criança; foi educada por uma de suas avós, mãe de sua mãe, portuguesa dos Açores.


2. Aluna exemplar, desde cedo mostrou interesse por poesia

    Cecília começou a escrever poemas aos 9 anos. Também logo mostrou vontade de ensinar - após concluir o curso da Escola Normal, aos 16 anos, tornou-se professora primária.


3. Os primeiros sonetos foram publicados aos 18 anos

    Eles tinham conteúdo histórico e apareceram no livro "Espectros", Estudante de música, tudo o que escrevia era marcado pela sonoridade e pelo ritmo, recorrendo a assonâncias e aliterações, por exemplo.


4. O primeiro casamento aconteceu em 1922

    Cecília se casou com Fernando Correia Dias, artista plástico português, com quem teve três filhas.


5. Na década de 20, ganhou notoriedade por defender a liberdade, mulher de ativa participação política

    Cecília lutou pelos direitos da mulher, pela imprensa livre e por entender a arte como instrumento a serviço da educação. É dessa período o lançamento de "Criança, meu amor", crônicas sobre o cotidiano infantil (1924).


6. Foi responsável pela coluna diária de educação, no jornal carioca Diário de Notícias, entre 1930 e 1933


    Seu engajamento em favor dos ideais de uma Escola Nova era apaixonado, a ponto de afastá-la da criação poética. Bateu de frente com o governo Getúlio Vargas, que defendia o ensino religioso nas escolas públicas. Foi por sua iniciativa que a primeira biblioteca para crianças acabou sendo aberta no País - o Centro Infantil do Pavilhão Mourisco, no Rio de Janeiro (1934).


7. Em 1939, voltou a publicar poesia (''Viagem''), marco estético em sua carreira
    Pela obra, Cecília Meireles ganhou prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras. A convite da Universidade do Texas, lecionou Literatura e Cultura Brasileiras nos EUA (1940). Viúva, casou pela segunda vez com Heitor Grilo, engenheiro.


8. Nos anos 40, colaborou para o jornal A Manhã, escrevendo sobre folclore para crianças

    Sua poesia ''adulta'' continuou também a chamar a atenção ao publicar ''Vaga Música'', ''Mar Absoluto'' e ''Retrato Natural'', entre outros títulos. Em 1953, após uma viagem a Ouro Preto (MG), escreveu ''Romanceiro da Inconfidência'', obra capital de sua trajetória poética, baseada em episódios da Inconfidência Mineira.


9. Cecília Meireles é reconhecida pela poética "pura"


    À medida que o tempo passa, aumenta o seu lugar de destaque nas letras nacionais - é admirada publicamente poetas modernistas, caso de Mario de Andrade e Manuel Bandeira.


10. Em 1964, publicou "Isto ou Aquilo", a obra de poesia infantil mais afamada

    Em 9 de novembro, dois dias após completar 63 anos, morreu na cidade natal, deixando mais de 30 títulos - dois deles, "Inéditos" e "Cânticos", publicados post-mortem.


Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br
Texto: Marion Frank


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