COMO TRANSFORMAR O BRASIL EM UM PAÍS DE LEITORES?
Não é por que o livro é caro, nem por que faltam bibliotecas: os
brasileiros que não leem alegam desinteresse e falta de tempo. Essa é
uma das conclusões do seminário "Por um país de leitores: mobiliza,
Brasil". Realizado em abril no SESC Vila Mariana pela Fundação Itaú
Social em parceria com o Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em
Educação, Cultura e Ação Comunitária), o seminário deixou claro que a
formação de leitores é o grande obstáculo que nos separa de uma nação
leitora.
Apesar de acreditar-se que a leitura é um hábito importante para a formação do indivíduo, são poucos os brasileiros que efetivamente leem. O diretor regional do SESCSP, Danilo Miranda, resumiu o desafio: "para incentivar a leitura, é preciso que livros sejam incorporados aos nossos interesses, é preciso incentivar não só crianças e jovens, mas também adultos para que leiam".
O problema do acesso ao livro foi praticamente superado com o esforço do poder público em instalar bibliotecas. De acordo com o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), 99% das cidades possuem ao menos uma biblioteca.
Dados da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", também apresentada no evento, mostram que apesar de 67% dos entrevistados saberem da existência de uma biblioteca pública em sua cidade, apenas 24% deles dizem frequentá-las e só 12% usam seu espaço para ler. "Se temos a ideia de que a biblioteca é um lugar chato, também pensaremos que o livro é chato", refletiu Jéferson Assunção, secretário adjunto da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul.
O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) é a principal ação do governo federal para transformar o Brasil em um país de leitores. Entre suas metas estão: zerar o déficit de bibliotecas públicas, informatizar equipamentos, oferecer cursos de formação para mediadores de leitura, realizar feiras e eventos literários, entre outros.
"Definitivamente, o poder público não tem a leitura como um bem", diz a diretora do programa Livro, Leitura e Literatura, da Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultura (MinC), Maria Antonieta Cunha. Ela atentou para a falta de vontade política das instâncias públicas no assunto: "O discurso existe, é politicamente correto, mas não se realiza como prática".
Como cativar leitores?
Na complexa tarefa de conquistar adeptos ao hábito da leitura, diversas necessidades apareceram na discussão. Confira algumas:
Apesar de acreditar-se que a leitura é um hábito importante para a formação do indivíduo, são poucos os brasileiros que efetivamente leem. O diretor regional do SESCSP, Danilo Miranda, resumiu o desafio: "para incentivar a leitura, é preciso que livros sejam incorporados aos nossos interesses, é preciso incentivar não só crianças e jovens, mas também adultos para que leiam".
O problema do acesso ao livro foi praticamente superado com o esforço do poder público em instalar bibliotecas. De acordo com o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), 99% das cidades possuem ao menos uma biblioteca.
Dados da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", também apresentada no evento, mostram que apesar de 67% dos entrevistados saberem da existência de uma biblioteca pública em sua cidade, apenas 24% deles dizem frequentá-las e só 12% usam seu espaço para ler. "Se temos a ideia de que a biblioteca é um lugar chato, também pensaremos que o livro é chato", refletiu Jéferson Assunção, secretário adjunto da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul.
O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) é a principal ação do governo federal para transformar o Brasil em um país de leitores. Entre suas metas estão: zerar o déficit de bibliotecas públicas, informatizar equipamentos, oferecer cursos de formação para mediadores de leitura, realizar feiras e eventos literários, entre outros.
"Definitivamente, o poder público não tem a leitura como um bem", diz a diretora do programa Livro, Leitura e Literatura, da Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultura (MinC), Maria Antonieta Cunha. Ela atentou para a falta de vontade política das instâncias públicas no assunto: "O discurso existe, é politicamente correto, mas não se realiza como prática".
Como cativar leitores?
Na complexa tarefa de conquistar adeptos ao hábito da leitura, diversas necessidades apareceram na discussão. Confira algumas:
- 1) Incentivo e exemplo da família
- Os resultados da pesquisa
"Retratos da Leitura no Brasil" mostraram que o professor ultrapassou a
figura da mãe como ator que mais influencia os leitores a lerem. Os pais
estão em terceiro lugar. Além disso, 93% leem em casa, por isso, o bom
exemplo dos pais diante dos filhos é importante.
A diretora-presidente do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), Maria Alice Setubal, contou que seu interesse pela leitura começou com sua mãe. "Tive o privilégio de ter uma mãe que era uma grande leitora, lembro de ela ler os livros de Monteiro Lobato... Eu e meus imrãos também ficávamos fascinados com as histórias que minha mãe contava sobre os livros que ela lia", revelou.
"Quem é inoculado com o hábito de ler para seu filho sente-se extremamente gratificado", emendou o vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias. "É um momento que pode ser transformador na vida das pessoas, uma experiência muito prazerosa e extremamente importante", conclui.
A relação afetiva e de exemplo também é muito importante. A pesquisa também confirmou o que já sabíamos: quem viu mais a mãe lendo lê mais. Quem ganhou livros quando criança lê mais.
2) Alfabetização na idade correta
3) Qualificação de bibliotecas e bibliotecários
4) Projetos de incentivo à leitura
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